Imagem de Single

Os Diversos Desafios da Dor no Feminino

Doenças que atingem principalmente a mulher, ou que a afectam de uma forma distinta do homem, continuam a desafiar a ciência e a medicina, porque tais doenças, e a dor crónica que provocam, continuam a ser mal estudadas, mal diagnosticadas, mal tratadas.

Entre estas está a endometriose, que cola as paredes do útero a órgãos vizinhos, provocando dores lancinantes na zona pélvica. Em Portugal, afecta uma em cada dez mulheres, que penam para saber de que sofrem. Em média, os médicos levam oito anos para chegar ao diagnóstico. Porém, há cinco vezes mais ensaios clínicos sobre a disfunção erétil do que para a dor pélvica na mulher.

A fibromialgia, por sua vez, espalha a dor crónica por todo o corpo, sendo altamente irritante e incapacitante. Num documentário de 2017, Lady Gaga, que sofre desta enfermidade, descreve como a dor se espalha pelo corpo, atingindo até a cara.
Há dois tipos de dor: a dor aguda, que surge quando um ferimento numa parte do corpo é comunicado ao cérebro, e a dor crónica, que perdura no tempo, mais de seis meses, levando o sistema nervoso central a uma hipersensibilidade que complica e confunde a perceção da dor. Provoca o desgaste de sentimentos incapacitantes como a ansiedade, a depressão, o medo e a raiva, gerando apreciáveis consequências psicológicas e sociais.
É um desafio? É! Mas estudos recentes apontam para um mecanismo biológico comum que conjuga os sistemas imunitário, neural e endócrino. Falta estar à altura do desafio!