Janela sobre o Passado – UMAR nos Açores
Conforme prometido na Janela sobre o Passado de Abril, aqui se dá continuidade à Terceira Etapa da UMAR nos Açores centrada na Linha de Ação da Marcha Mundial de Mulheres, lançada em 2000, na qual a UMAR nos Açores, assumindo o seu cariz feminista, se envolveu desde a primeira hora. Como nasceu a Marcha Mundial de Mulheres? Foi em 1998, em Montreal, no Quebec, que se realizou a 1ª Assembleia Internacional desta Rede Feminista Internacional, apostando num trabalho de educação popular contra a Pobreza e a Violência sobre as Mulheres. A UMAR Nacional esteve presente. Desde então, também a UMAR nos Açores marcou presença nas Ações Mundiais, cada cinco anos, como a seguir se descreve:
2000: A Primeira Ação Mundial foi o Encontro no Barcarola, em Ponta Delgada, precedida de Conferência de Imprensa acerca da Marcha e do 8 de março, e a Corrida pela Igualdade em Rabo de Peixe. 2005: Na Segunda Ação Mundial houve atividades em diferentes ilhas – nas Flores, olançamento da Carta Mundial das Mulheres para a Humanidade, e a grandeemoção nas deslocações e voos inter-ilhas. Da Manta da Solidariedade, lembramos a subida ao alto do Pico, da Manta açoriana. 2010: No ano da Terceira Ação Mundial, o nosso horizonte alarga-se ainda mais, de e para além da região, país e o mundo, como requer esta Rede Feminista Mundial. E, no intervalo das Ações Mundiais (de 5 em 5 anos), foi a vez de acontecer, em 2012, uma ação Anti-Austeritária, na qual se destacam as Conversas com Mulheres e suas Narrativas. 2015: NaQuarta Ação Mundial, a Marcha contou com a instalação “Ela não Voltou” denunciadora dos femicídios em Portugal. Foi o ano da Caravana Europeia, com participação açoriana virtual e presencial. 2020: Na Quinta Ação Mundial da Marcha Mundial de Mulheres, apesar de ser tempo de Pandemia, no 8 de Março marcamos presença com a Marcha a partir das Portas do Mar e, a 17 de Outubro, no Encerramento da Marcha no Marcado da Graça.
Se aqui fazemos um resumo desta Linha de Ação até esta data, podemos afirmar que, como acontece nas outras Linhas de Ação, considera-se ser este importante trabalho mundial uma componente que contribuiu para o alargamento de novos horizontes de trabalho feminista, como aliás irá acontecendo com outras linhas de trabalho, até à presente data.
|| Clarisse Canha