De entre o grupo de ativistas feministas que integraram a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, também merece destaque Maria Carolina Frederico Crispin, mais conhecida como Maria Veleda, professora, escritora e libertária. As suas ideias radicais e espírito revolucionário levaram alguns dirigentes do Partido Republicano a considerarem-na como uma representante do feminismo proletário, conotado com a ala esquerda que preocupava os moderados, como António José de Almeida.
Desfecho irónico, ou não, para este ano brutal de 2020, o tão badalado futebolista Diego Maratona faleceu no passado 25 de novembro, o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. E falo em ironia porque este homem, de si tão instável e extravagante, foi acusado, com base num vídeo passado na televisão argentina, de agressões e maus-tratos contra a namorada e também atleta, Rocio Oliva.
"É lei. Na Argentina, as mulheres que decidem interromper a gravidez podem fazê-lo de forma legal, segura e gratuita no sistema de saúde. O Senado aprovou na madrugada desta quarta-feira a legalização do aborto até a semana 14 da gestação por 39 votos a favor, 29 contra e uma abstenção."*
Poema sem nome…. de Malvina Sousa. Foi com este poema (em nome de todas as vítimas de violência doméstica), publicado no Diário dos Açores, a 13 de dezembro, 2020, que se deu por finalizado “Ativismo na Imprensa”. Esta atividade integrada na Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, contou com duas dezenas de artigos de opinião, publicados em 3 jornais locais que aceitaram a parceria com a UMAR-Açores, nesta Campanha. Aqui fica o poema de Malvina Sousa
Em dia de encerramento da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, é também tempo de lembrar que esta luta continua. Aqui se fala do que foi a Campanha nos Açores. Igualmente se destaca a iniciativa da UMAR Madeira, que assinala o Dia Internacional dos Direitos Humanos com um video: uma reflexão sobre o tema, em ano de pandemia.
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, com início a 25 de novembro, Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres, termina a 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Ver mais: Facebook UMAR-Açores
Entre as associadas da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, contavam-se duas médicas: Adelaide Cabete (1867-1935) e Carolina Beatriz Ângelo. A primeira, natural de Elvas e oriunda de uma família humilde, foi forçada a entrar muito cedo no mercado de trabalho, devido à morte do pai. Graças à sua determinação, conseguiu prosseguir estudos, tornando-se numa feminista republicana e num exemplo para as novas gerações
Em 2020 a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) celebra os seus 20 anos, tendo sido a 5ª ação deste movimento internacional dedicada às lutas contra a progressão das forças da extrema-direita que ameaçam a vida e a democracia.
O Mercado de Ponta Delgada, de Graça chamado, ficou ainda mais cheio de graça com o Estendal da Resistência, aí colocado nas grades verdes, do Mercado, na manhã de sábado, 17 de Outubro.
2020 continua a ser difícil, um ano para esquecer, como diz o povo. Começou em fevereiro, com a morte da nossa grande ativista e feminista Zuraida Soares, que assinalei na Nota desse mês
Depois do breve apontamento sobre a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, publicado na edição anterior, importa destacar o perfil das suas associadas e ativistas. Comecemos com a escritora e jornalista Ana de Castro Osório (1872-1935), uma das fundadoras desta organização. Filha de um juiz, nasceu em Mangualde e cresceu num ambiente que lhe proporcionou, desde cedo, o acesso a biblioteca e a ideias inovadoras.
Neste momento de crise global, em que enfrentamos a pandemia do Covid-19, a onda de protestos contra o racismo, e a ameaça das alterações climáticas, sem esquecer a crise económico-social, é natural que as pessoas sintam que, como diz o povo, vamos de mal a pior. De facto, este é um momento em que as crises se multiplicam.
Se já durante o século XIX, se haviam distinguido algumas mulheres portuguesas, que lutaram pela sua independência ou viveram dos seus próprios meios e mérito pessoal, com a viragem para o século XX e o incremento do republicanismo, impôs-se acrescida modernidade no tocante ao género feminino e, em especial, no que concerne à educação. O papel e a importância do ensino no destino dos povos configuraram um dos princípios fundamentais do ideário republicano e a garantia da educação pública integrava as linhas programáticas do próprio partido.
A pandemia criada pelo COVID-19 acentuou ainda mais as desigualdades sociais e económicas e a crise sanitária e social que criou demonstrou que a luta feminista é hoje ainda mais necessária. Esta pandemia colocou também novos desafios à forma como os movimentos sociais se articulam e organizam as suas ações de luta.
As dimensões do impacto do novo coronavírus nas sociedades são variadíssimas e complexas, e estão em constante evolução enquanto vivemos esta crise pandémica. Em termos de saúde pública, os números dizem muito, mas têm de ser vistos à luz de muitos outros fatores, dos quais os económicos começaram logo a sobressair, como causas
A partir daqui pode ver Nas Asas da Igualdade: edição mensal da Umar-Açores e publicação no Açoriano Oriental.
A página Nas Asas da Igualdade foi lançada pela UMAR-Açores, integrada no projeto com o mesmo nome, desenvolvido em 2007 Ano Europeu da Igualdade e prossegue desde então até aos nossos dias
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